sexta-feira, 31 de julho de 2009

Roda: Eu também já recriei

Uma das discussões mais quentes do momento, e também uma das mais antigas, é sobre a mania que nós desenvolvedores temos de reinventar a roda. Eu mesmo já reinventei diversas vezes e hoje olho para trás e vejo quanto tempo poderia ter poupado ao usar alguma ferramenta já pronta, ou apenas ter adaptado uma que não se encaixava perfeitamente aos meus requisitos.

Há claro excessões, em que seu requisito é tão mínimo que reimplementar uma solução é mais rápido do que aprender uma já existente no mercado. Como foi o caso de um sistema que estávamos desenvolvendo em PHP e precisávamos de um framework apenas para separar a lógica da renderização de templates por tema. Validamos rapidamente diversos frameworks MVC e percebemos que era mais fácil criar em meia hora a seguinte classe:

class Renderizador {
function Renderizador($tema=null) {
$this->_dir = dirname(__FILE__) . "/templates/" . $this->tema;
}
public function put($nome,$obj) {
$this->$nome = $obj;
}
public function show($template) {
include( $this->_dir . "/" . $template . ".php");
}
}

A utilização dela era mais simples ainda. No exemplo abaixo as variáveis inseridas no renderizador ficam disponiveis para o template listagem.php através de $this, que nada mais é do que um arquivo php comum.

$renderizador = new Renderizador('cinza');
$renderizador->put('lista',[1,2,3,4]);
$renderizador->show('listagem');

Simples, sem precisar aprender nenhum framework ou linguagem de marcação nova. Em duas horas o time já estava trabalhando com a lógica separada da apresentação. Contudo essa é a exceção.

Em geral já recriei diversas rodas desnecessariamente desperdiçando muito tempo. Framework de mapeamento objeto relacional, CMS, blog e até mesmo o TimerTask do Java são alguns dos exemplos. Esse último me rendeu uma longa discussão com o Phillip Calçado na época em que ele trabalhava aqui. Felizmente ele foi persistente em me fazer desistir daquela implementação.

De qualquer forma, o importante é a lição aprendida. Hoje tento usar ao máximo ferramentas já disponíveis, e quando alguma não me atende perfeitamente, ao invés de começá-la do zero eu a altero e contribuo, como foi o caso de uma recente alteração que precisei fazer no fakeweb.

Outros membros da equipe também já vem de longe com esta mesma filosofia e estão constantemente contribuindo como Guilherme Cirne ao contribuir com o WillPaginate, o Anselmo também contribuindo com o Fakeweb e o Bruno Carvalho contribuindo com o TralhaController e o ExceptionNotifier.

O importante é aproveitar aquilo que a comunidade já lhe oferece pronto e testado. Economiza tempo seu, e do próximo desenvolvedor, que dará manutenção a algo que é padrão, com muita discussão em fóruns e muitas soluções documentadas.

sábado, 18 de julho de 2009

Dica rápida de charset para projetos rails com mysql

Se você está trabalhando em um projeto ruby on rails com banco mysql, e o charset definido tanto no servidor como no database.yml é UTF-8, tome o cuidado para que inserções no banco por conta de terceiros também seja feito neste charset.

Um simples insert feito na mão utilizando o cliente padrão do mysql pode te atrapalhar bastante. E o erro ficará bem difícil de encontrar pois este mesmo client exibirá o texto corretamente e só o rails entregará o dado incorreto, fazendo você acreditar que o problema está no ruby.

Para evitar isso, sempre que fizer inserts na mão e de massa de dados execute como primeira linha o seguinte comando:

charset utf8;

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Globo Vídeos: Quem viu este vídeo também assistiu

É com muito orgulho que anuncio que acaba de sair para degustação uma nova funcionalidade do Globo Vídeos. Foi uma alteração que durou apenas um dia de desenvolvimento envolvendo o time inteiro e que ficará no ar por um tempo ainda em versão de teste. Trata-se de uma forma de ofertar vídeos baseada nas preferências de nossos usuários. Chamamos a funcionalidade de "Quem viu este vídeo também assistiu".



Como ainda está em versão "beta", para visualizar a alteração é preciso ter o addon Grease Monkey instalado no seu Firefox, e instalar o script que habilita a funcionalidade beta. Depois basta acessar o Globo Vídeos para poder aproveitar a nova facilidade disponível. E se possível, nos dê feedback dizendo o que achou e se encontrou algum problema na utilização. A opinião de vocês é muito importante para que a gente possa melhorar.

Teste de aceitação automático com múltiplas configurações no rails

Dado que uma aplicação possua duas maneiras ou mais de funcionar de acordo com alguns parâmetros de inicialização, como proceder com os testes de aceitação automáticos sem ter que iniciar e parar o servidor entre cada cenário ou grupo de cenários?

A solução simples, mas bem funcional que adotamos, foi ter uma task rake para inicializar vários servidores no ambiente local, cada um com um environment e uma porta diferente. Assim, ao testar uma determinada funcionalidade com determinada configuração basta acessar o servidor naquela porta.

A task rake que poderia até mesmo ser um shell script, ficou mais ou menos como mostrado abaixo. Créditos ao Tiago PacMan, mestre em shell, que fez a linha que finaliza os servidores.


desc 'Inicia servidores para teste de aceitação'
task "server:test" do
system 'script/server -d -e test_conf_1 -p 3001'
sleep 1
system 'script/server -d -e test_conf_2 -p 3002'
sleep 1
system 'tail -f log/test.log'
system "ps aux | awk '/3001/{print $2}' | xargs kill -9"
sleep 1
system "ps aux | awk '/3002/{print $2}' | xargs kill -9"
sleep 1
end

Repare que para este caso fizemos uma modificação no environments.rb para unificar os logs de todas os ambientes de teste.

Já no ambiente de integração contínua, onde utilizamos apache com passenger, foi mais simples ainda, bastando definir para diferentes VirtualHosts RailsEnvs diferentes.

Resolvendo o "missing uri map" no mod_jk

Esses dias instalei o Ubuntu 9 em meu desktop e desde então tenho preparado o ambiente de desenvolvimento de diversas aplicações legadas. Uma delas necessita do apache conectando no tomcat pelo mod_jk. Após fazer a instalação de ambos e ter configurado os pontos de montagem do módulo, tudo de acordo com minha instalação antiga, deparei-me no log com o seguinte erro:

jk_translate::mod_jk.c (3038): missing uri map for tiago.motta:/MeuPathAqui

Descobri em uma grande thread de IRC que o problema ocorre quando o apache possui algum VirtualHost configurado, e que para resolver isso basta habilitar a configuração "JkMountCopy On" no VirtualHost correspondente.